Uma reflexão sobre a desigualdade social no Brasil
As desigualdades sociais são fenômenos complexos, porque estão inseridos em toda a estrutura social, desde a econômica, jurídica, política e principalmente na forma como os políticos gerenciam os recursos e tributam os mais pobres com a mão mais pesada. As políticas públicas é de certo modo a solução e carecem de incrementações que possam reduzir as disparidades econômicas, ampliando o acesso a educação, saúde e moradia de qualidade.
O principal elemento impulsionador de um país cada vez mais desigual é sem dúvidas a corrupção, isto porque, a mesma dízima os cofres públicos. Segundo dados da Transparência Internacional o Brasil está por dois anos consecutivos em um dos piores ranking de corrupção do mundo, e recebeu uma das piores notas historicamente de valor 35, sendo as notas mais próximas a 100 de países com baixos índices de corrupção. A corrupção atinge todas as áreas de atuação do poder público, atualmente até o poder jurídico está envolvido em escândalos de corrupção.
É sabido que os programas sociais e educacionais criados nos últimos 12 anos corroboraram para o mobilidade social no país, no entanto, nos últimos 6 anos tivemos muitos retrocessos, como o aumento da dívidas internas, especulação de privatização de estatais, ausência de programas que incentivem a geração de emprego e renda, redução de investimentos na educação e cortes nas universidades públicas.
Para mudar a realidade do Brasil e ter crescimento econômico e com desenvolvimento é necessário vários fatores como : melhorar a distribuição de renda, melhorar o poder de compra, aumentando salário mínimo e reduzindo a infração, através da redução de impostos dos alimentos. Além disso, incentivar o empreendedorismo, contribuído com garantias de créditos a juros baixos das pequenas e médias empresas, aliado a diminuição de impostos das mesmas, investir em todos os setores da educação desde a básica à superior, oferecendo educação técnica de qualidade para melhoramento da mão de obra.
Atualmente, os brasileiros estão enfrentando uma grande crise, ocasionada pela mal gestão governamental e principalmente pela doença corona vírus, que intensifica mais ainda as desigualdades sociais. Nestes últimos trimestres 8,9 milhões de brasileiros perderam seus postos de trabalho, desta forma a taxa de desemprego saí de 12,2 á 13,3, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E assim segue o Brasil mais desigual.
Uma reflexão sobre os pensamentos de Zygmunt Baumam
O grupo musical "As meninas" em 1999 lançaram uma música , que tocou muito nas paradas de sucesso, chamada de "Xibom bom bom" , trata-se de assuntos paralelos ás de Zygmunt Bauman: desigualdades sociais e mobilidade social nas sociedades capitalistas. Em vista disso, surge uma indagação outrora já feita por Bauman: a riqueza de poucos beneficia todos nós?
É sabido que cresce mais ainda o número de milionários entre as grandes potencias econômicas no mundo, assim como cresce o número de pessoas fadadas a pobreza extrema nos países emergentes . Enquanto existem pessoas pobres passando fome, existem ricos que não consegue lembrar de algum momento de fome em sua família, desigualdades sociais que vão desde as condições de saúde, educação, moradia e oportunidades de emprego.
A meritocracia acaba sendo uma ilusão inalcançável, porquanto, o conceito da mesma não é válido em situações de disparidade social e econômica. Pensando nisso, a música Xibom bom bom, nos traz uma relevante leitura da sociedade capitalista através de sua composição: “Analisando essa cadeia hereditária, quero me livrar dessa situação precária,onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre. E o motivo todo mundo já conhece é que o de cima sobe e o de baixo desce.
Analogicamente, a música citada, tem uma grande relação com os pensamentos de Baumana a respeito das desigualdades sociais. Comprovando que a riqueza de poucos não beneficiam a todos nós,pois sabe-se que se beneficiasse as desigualdades não seriam tão acentuadas.
Em períodos de crises, como no contexto atual do corona vírus os mais pobres são mais atingidos, com aumento do desemprego, salários reduzidos, péssimas condições de saúde e neste caso suspensão de aulas, infração que aumenta os preços de alimentos básicos, enfim os que estão no topo da pirâmide social sobem e os que estão na base descem.
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