sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Antropoceno: desigualdade social em nível planetário

Fome: o retrocesso da humanidade




 Se todos os seres humanos do mundo se unissem no combate a fome e as desigualdades sociais em todo o planeta, de certo estas mazelas estariam em extinção, no entanto, isto atualmente é um pensamento utópico. Diante disso, é importante que a Humanidade compreenda, que a degradação do meio ambiente e a as desigualdades sociais existem porque nós fomos incapazes de solucionar estes problemas coletivamente, além disso, temos instituições como os Estados, que permitem que todos esses problemas coexistam lado a lado com as fortunas de poucos e não garante o bem-estar social.

Pensar a questão do Antropoceno e a questão social, é traçar um pensamento inseparável entre a ecologia e a justiça social, porquanto, sabemos que por mais que os recursos naturais estão passando um processo de degradação por parte do ser humanos, a Terra atualmente tem condições de produzir alimentos em alta escala e alimentar todos os dias os mais de 7 bilhões de seres humanos existentes, mesmo assim, milhares de pessoas no mundo passam fome e morrem devido a desnutrição. Ou seja,  é sabido que precisamos manter o equilíbrio ecológico e aplicar tecnologias sustentáveis para manutenção do Planeta, e também que temos que acabar com a fome no mundo, porém os 1% mais ricos do mundo acumulam mais riquezas que todo mundo e não tem estes compromissos.

Nesta perspectiva, trago o pensamento de Aristóteles segundo o mesmo deveria existir um limite para a acumulação de bens, pois o mesmo compreendia que as pessoas tinham um desejo de se enriquecer e isto é, consequentemente contrário a natureza. Ele achava que seria necessário, colocar freios no enriquecimento, propondo que os comerciantes e os mercadores fossem excluídos dos cidadãos eleitorais e quem tinha interesse em enriquecer também, porque assim, governariam em interesse próprio. Em outras palavras, quem tem poder econômico, também quer decidir politicamente pela maioria que não o detêm. 

Contudo, as pessoas em todo o mundo, devem se organizar e ter resistência a degradação ambiental, aos abusos de poder econômico e político, enquanto sociedade civil. Ter compromisso com as instituições democráticas, promover um desenvolvimento social baseado na sustentabilidade. 

Referências: 



ALTVATER,Elmar. O preço da riqueza: pilhagem ambiental e a nova (des) ordem mundial. São Paulo, Unesp, 1995 (capitulo 1)

ÁVILA, R. I., GIULIAN, A. T. Resenha de "O capital no século XXI". Porto Alegre, FEE, 2014.

CALDEIRA, J. A teoria do valor Tupinambá. in Folha de São Paulo, 31 mai. 2015.

OXFAM. Uma economia para o 1%. Documento Informativo nº210, 18 ja. 2016.


PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2006. (p. 11-23).

RATTNER, Henrique. Sustentabilidade: uma visão humanista. Revista Ambiente & Sociedade, Ano II, n° 5, 2° semestre. 1999.

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