Saúde Pública em foco
A pandemia causada pelo corona vírus irá deixar muitas sequelas em todos setores públicos e privados (educação, saúde, economia, política) e memória de todos os municípios do território do Litoral Sul da Bahia. Certamente, os municípios não estavam preparados para esta crise, a saúde pública já andava em vulnerabilidade, neste contexto, as universidades tem um papel relevante, porquanto detêm o conhecimento cientifico para a realização de pesquisas e elaboração de vacinas e medicamentos para o tratamento da doença.
Inicialmente foram dias de silencio acompanhado com muito medo do vírus desconhecido, tudo parou, a economia parou de girar de forma integral, os comércios ficaram de portas fechadas, os políticos ficaram temorosos pelos gastos e poucas arrecadações, os estudantes ficaram sem aulas, muitos temiam pela vida e outros pela economia por vários motivos. A disseminação de notícias falsas "as fake news" atrapalharam a difusão do conhecimento cientifico e o controle das transmissões.
Ainda no pico do covid-19 o município de Camacã ( micro-região Pau Brasil, Santa Luzia, Mascote) foi o primeiro a abrir as portas do comércio, temendo queda drástica da economia, mas com condições de restrição, como horários de funcionamento, das 8:00 ás 14:00 horas, uso de máscaras, distanciamento entre as pessoas, toque de recolher, o não cumprimento das medidas levaria por decreto o estabelecimento comercial a multa. Foram estabelecidas barreiras no início da cidade para impedir a entrada de pessoas que não eram do município.
No município de Camacã o número de habitantes segundo o IBGE de 2018 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) é de 31968, é uma cidade central no sentido comercial para os municípios vizinhos, o que diz respeito ao boletim epidemiológico de Camacã foram 1302 casos confirmados, 1971 descartados, 28 óbitos, curados 1195, atualmente a cidade não está fazendo testagem em massa, então possivelmente existem números ainda maiores de contaminados.
O conhecimento produzido pelas universidades na formação de profissionais da saúde contribuiu para salvar muitas pessoas, os médicos, enfermeiros, auxiliares, agentes comunitários de saúde protagonizaram os espaços de prevenção e tratamento. A partir daí podemos perceber o quanto as universidades têm um papel fundamental na formação de profissionais e como o sistema único de saúde precisa ser valorizado, pois atende demandas simples e também complexas. A pandemia nos mostrou que o investimento em saúde pública é necessário, efetivar as políticas em saúde para um amanhã menos vulnerável em outras situações epidêmicas ou pandêmicas.
Os laboratórios universitários precisam de mais visibilidade pelo governo federal, é preciso valorizar a Ciência, pois em momentos como o que estamos vivendo agora, é a mesma que desmitifica as patógeno, busca vacinas e medicamentos para tratamentos . Então a sociedade civil e representantes do poder público devem defender mais investimentos no ramo científico para que as universidades possam cumprir seu papel na pesquisa e estudos, além de fomento para mais aparatos tecnológicos. Até porque no Brasil a pesquisa científica é feita na maioria das vezes no âmbito das universidades públicas.
Foram nas universidades que foram feitos vários equipamentos de proteção individual, como máscaras em 3 D e em PVC, óculos de proteção, produção e distribuição de álcool gel 70, capacetes de respiração, ventilador pulmonar, redes de informação confiável como sites, aplicativos e plataformas ou seja, foi muito importante a devolutiva das universidades para a comunidade.
https://www.ibge.gov.br/
http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/05/o-papel-essencial-da-universidade-publica-no-combate-ao-covid-19/
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