segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Pandemia e desigualdades sociais

O vírus e as desigualdades sociais



A pandemia ocasionado pelo vírus covid-19, deixou mais ainda evidente as desigualdades sociais existentes no Brasil, de certo, todos tiveram sua rotina e vida alterado, porém não na mesma intensidade, nesta quarentena os mais pobres tiveram que sair para trabalhar, ficaram mais vulneráveis ao vírus, a decadência financeira e aos serviços públicos precário como saúde e assistência social. Enquanto os ricos se mantiveram em casa e por incrível que pareça, depois de ter perdido dinheiro na bolsa de valores, recuperaram com manobras financeiras.

A disseminação do vírus nas favelas e periferias está sendo tão eminente, isto porque talvez o distanciamento social não funciona de forma eficaz, porque os provedores da casa saem para trabalhar e retornam as suas casas, que possuem poucos cômodos e com muitos membros da família em um mesmo local, o que torna o ambiente favorável para a contaminação. Além de muitos lugares no Brasil não terem saneamento básico e boas condições de moradias . 

O estado de risco fica ainda mais expressivo, para aqueles que não tem condições de se cuidarem, no início da pandemia, os mercados e farmácias aumentaram os preços do álcool em gel, as pessoas ficaram tão preocupadas que começaram a armazenar alimentos, deixando as prateleiras de mercados quase vazias para os quem não tinha condições de comprar alimentos nestes momentos de desespero, muitos comerciantes aproveitaram para aumentar o preço dos alimentos.

Atualmente, a inflação dos alimentos aumentou 4% , o real é a segunda moeda mais desvalorizada do mundo, ir ao mercado causa medo aos brasileiros pobres, os alimentos básicos como arroz, feijão e carne passaram a ser a preocupação de cada dia para colocar na mesa. Pensa-se agora na coexistência de dois vírus: o primeiro a fome iminente e o segundo covid-19. 

O auxílio emergencial oferecido pelo governo federal, segurou as pontas em muitos lares brasileiros nestes últimos 5 meses, porém a partir de outubro será reduzido a metade, isto significa que mal vai dá para pagar o aluguel, muito menos para alimentar muitas bocas em casas de famílias de muitos membros. Muitos provedores de família perderam emprego nestes últimos meses frente ao contexto da pandemia, isto agrava mais ainda a situação financeira das famílias. 

Enquanto os pobres ficaram ainda mais pobres, os ricos encontraram oportunidades de ganhar ainda mais capital, os proprietários dos meios de produção aumentaram os valores dos bens de consumo, o agronegócio e os grandes latifundiários, aumentaram os valores de cereais, carnes, frutas, enfim o setor alimentício ficou em alta, muitos ricos compraram ações na bolsa de valores na baixa, no início da pandemia e hoje já obtiveram significativos ganhos. Investiram em tesouro direto em moedas digitais que aumentaram o valor com queda das moedas de países emergentes.

Contudo, o capitalismo se renova na crise e ocasiona mais desigualdades sociais e econômicas. 

 








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